Moda e mídia
Restaurantes da moda sempre vão acontecer. Ingredientes da moda e pratos da moda também. Mas às vezes eu acho que a turma exagera. Como escrevi no meu post sobre pratos clássicos, acredito que o prazer dos chefs é sempre renovar os cardápios de seus restaurantes com novidades exibindo sua criatividade e técnica - hoje em dia a técnica ganhou um espaço enorme. Mas por que será parece que eles fazem isso todos com um mesmo ingrediente ao mesmo tempo? Não acredito que seja o famoso inconsciente coletivo.
Se vc acompanha as colunas sobre gastronomia nos jornais, já deve ter notado que há reportagens que falam de um novo ingrediente da moda ou da estação, e mostram como meia dúzia de restaurantes oferecem a novidade.
A coluna da Luciana Fróes no O Globo é um ótimo exemplo. Invariavelmente ela fala de como um ingrediente "novo" é usado em novos pratos em alguns restaurantes. O chef cicrano lançou um prato assim, fulano oferece como sugestão feito assado e todos tiveram a mesma idéia na mesma semana ou no máximo no mesmo mês. Não faço aqui nenhuma crítica à Luciana, ela é uma jornalista e nos conta o que está vendo. Mas será que ela nunca se perguntou isso?
Realmente gostaria de saber como esse fenômeno acontece, se é moda, se é tendência, se todos leram a mesma revista ou se é o famoso SCC - Se Colar Colou.
Acho que deve ser tão difícil ser criativo - e operacionalizar, ter preço, fornecedor, etc - na cozinha toda a semana, que quando o chef sente o cheiro de que alguma tendência,mesmo que seja apenas momentânea, que ele saiba que não vai dar em nada, ele a segue para poder estar no mesmo barco dos seus colegas.
Escrevo isso com sentimentos conflitantes; sei que só fazendo, experimentando, testando, aprimorando e suando muito se cria um prato que pode vir a ser um clássico. Ao mesmo tempo acho que os chefs e seus restaurantes fazem isso muito mais para aparecer na mídia imediata do que pensando em deixar uma marca além daquela estação. Talvez seja por isso que a palavra "novo" seja muito mais frequente na mídia especializada do que a palavra "clássico". Queria um dia ver os colunistas de gastronomia elegendo nos restaurantes de suas cidades pratos que tenham realmente vocação de clássico e depois de, sei lá, cinco ou seis anos procurar esse prato por aí, longe do restaurante onde ele nasceu.
Se vc acompanha as colunas sobre gastronomia nos jornais, já deve ter notado que há reportagens que falam de um novo ingrediente da moda ou da estação, e mostram como meia dúzia de restaurantes oferecem a novidade.
A coluna da Luciana Fróes no O Globo é um ótimo exemplo. Invariavelmente ela fala de como um ingrediente "novo" é usado em novos pratos em alguns restaurantes. O chef cicrano lançou um prato assim, fulano oferece como sugestão feito assado e todos tiveram a mesma idéia na mesma semana ou no máximo no mesmo mês. Não faço aqui nenhuma crítica à Luciana, ela é uma jornalista e nos conta o que está vendo. Mas será que ela nunca se perguntou isso?
Realmente gostaria de saber como esse fenômeno acontece, se é moda, se é tendência, se todos leram a mesma revista ou se é o famoso SCC - Se Colar Colou.
Acho que deve ser tão difícil ser criativo - e operacionalizar, ter preço, fornecedor, etc - na cozinha toda a semana, que quando o chef sente o cheiro de que alguma tendência,mesmo que seja apenas momentânea, que ele saiba que não vai dar em nada, ele a segue para poder estar no mesmo barco dos seus colegas.
Escrevo isso com sentimentos conflitantes; sei que só fazendo, experimentando, testando, aprimorando e suando muito se cria um prato que pode vir a ser um clássico. Ao mesmo tempo acho que os chefs e seus restaurantes fazem isso muito mais para aparecer na mídia imediata do que pensando em deixar uma marca além daquela estação. Talvez seja por isso que a palavra "novo" seja muito mais frequente na mídia especializada do que a palavra "clássico". Queria um dia ver os colunistas de gastronomia elegendo nos restaurantes de suas cidades pratos que tenham realmente vocação de clássico e depois de, sei lá, cinco ou seis anos procurar esse prato por aí, longe do restaurante onde ele nasceu.
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