Bráz
Me desculpem nossos clientes, mas definitivamente agilidade não é um dos fortes desse blog. A Bráz carioca abriu há uns três meses, mas só nesta semana fui lá e me arrependi. Me arrependi de não ter ido antes, que fique claro.
Na esteira de uma dezena de casas paulistas que vieram para cá nos últimos tempos, a pizzaria Bráz foi a última a instalar-se na cidade. Escolheu a rua mais badalada gastronomicamente do momento, a Maria Angélica, e num terreno onde havia um galpão, construiu uma bela casa no estilo grande boteco, com pé direito alto, paredes de azulejos, grande balcão de mármore onde fica a chopeira, fornos a lenha e um pátio aberto no fundo. Chama a atenção já na entrada uma árvore iluminada com um grande – sim, tudo é grande na Bráz carioca - e confortável banco para a fila esperar sentada. Fila que começa logo depois das sete da noite. Eu cheguei as oito de uma quarta feira e esperei um chope. Chope, aliás, bem acima da média.
Da porta tem-se uma bela visão de todo o salão e, já sentado nas mesas um pouco justas para quatro pessoas, nota-se o baixo nível de barulho apesar da casa cheia. Uma prática comum em restaurantes americanizados foi muito bem lembrada na Bráz, o garçom se apresenta dizendo seu nome, quem me atendeu muito bem foi o Silva, o que além de tornar o serviço mais pessoal é muito prático.
Começamos com o que chamam de pic-nic; uns espetinhos de calabresa com cebola, uma pizzinha fechada de mussarela, tomate e orégano e o famoso pão de calabresa da casa. Tudo muito bom, principalmente o pão que também é vendido inteiro sob encomenda.
Como já disse aqui, em casas novas acho importante testar o básico, e o arroz com feijão das pizzas é a marguerita. Pedimos uma grande meia marguerita, meia mussarela simples muito boa. Tomates e manjericão frescos, molho de tomate saboroso e uma borda alta de massa fina, crocante e sequinha. A pizza grande tem oito pedaços e dá para divertir quatro pessoas, mas ainda pedimos outra média de quatro queijos que estava excepcional. Bons queijos com sabores diferentes e perfeitamente identificáveis, muito boa mesmo.
Continuamos no ótimo chope e nas caipirinhas, mas há muito tempo não via tantas mesas bebendo vinho, não sei se pelo frio ou se os preços lá são bons, mas era um fato. De sobremesa pedimos uma mousse de chocolate com sorvete e uma ótima pannacota com calda de morango. A conta de R$ 200,00 foi justa pelo que comemos e bebemos.
Na Bráz é evidente a coerência entre o ambiente e a comida, ambos de qualidade, mas sem afetação. Ótima pizza com sabores variados e diferentes ao lado das tradicionais que todo mundo espera encontrar numa pizzaria, mais o bom chope e serviço atento. Tudo parece muito mais carioca do que outras casas da cidade que estão há anos por aqui. Coisa de paulista.
Leia o que mais o Bistrô publicou sobre pizza em Capricciosa e A redonda.
Marcadores: Comendo e bebendo fora
6 Comments:
Paco,
acredito que agora voce consegue entender porque sempre disse que a Capricciosa é muito, mas muito fraquinha mesmo!
Como voce sabe, só moro aqui há 2 anos, mas sempre frequentei São Paulo. E, de fato, pizza é aqui e ponto. E a Braz é, sem dúvida, a melhor entre várias pizzarias excelentes, todas elas muitos e muitos níveis acima de qualquer outra que exista no Rio. E a "outra" estou me referindo somente ao que posso chamar de pizza aí na minha cidade maravilhosa: a Stravaganze em Botafogo (prá mim a melhor do Rio) e aquela no RioDesign Barra que esqueci o nome.
Já que voce gostou, volta lá e pede de entrada uns Cornicciones Braz, que é de comer ajoelhado. Dá prá passar a noite inteira só comendo essas pizzazinhas! Depois, prá ficar no tradicional, pede uma Pompéia que prá mim é a melhor pizza em Sampa! A Bráz, com fatias de abobrinha, também é excelente. A Castelões também é muito boa, mas essa prefiro comer lá na Castelões mesmo que, se não me engano, é a pizzaria mais antiga de São Paulo.
Os donos da Bráz também tem outra pizzaria excelente chamada Quintal do Bráz, num restaurante mais estiloso, bem bonito. E também tem 3 bares que me lembram muito o clima dos botecos do Rio: Astor, Original e Pirajá (os dois últimos inspirados no Rio, com certeza). Ainda bem que abriram uma casa na cidade que eles de alguma forma reverenciam. Ainda bem que temos mais uma opção para os nossos fins de semana por aí!
Abraço,
PF
Nada como ter um paulioca como comentarista....
A-m-o a pizza do Bráz! Minha preferida é a de abobrinha, impagável! O pão de de calabresa também é qualquer coisa de bom. Não sei se é a melhor de São Paulo, como bem disse nosso amigo: paulista é craque em fazer pizzas.Tem muita pizza boa em qq canto da cidade. Aliás, passei a gostar de pizzas quando comecei a frequentar a terra da garoa. Também era acostumada com a do baixo Gávea, com mostada e catchup!! Eu gosto demais da pizza da Venite, que fica numa laje na Vila Mariana.
No Rio minha preferida é a do Chico, que fica na Glória, subindo pra Santa Teresa.
quando você se referiu a posts anteriores como "A Redonda", pensei que fosse o meu! (ahahahahahah, como sou engraçadinha...). A propósito, adoro a Bráz também. bjs
Para quem quiser ver como a Cris é mesmo engraçadinha: http://bistrocarioca.blogspot.com/2007/06/entrevistas-do-bistr-cristiana-beltro.html
Paco, descobrimos seu blog e adoramos, parabéns!
A Braz é a nossa pizzaria preferida aqui em São Paulo. Inclusive fizemos um post sobre ele recentemente.
Abraços,
Débora e Fernando
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